Prevenção, a melhor forma de combate a Aids
Tem que usar o preservativo. Sou muito bem orientado com relação a isso”. O exemplo de conscientização da principal forma de prevenção contra doenças sexualmente transmissíveis vem de um senhor de 64 anos, que, quando iniciou sua vida sexual, pouco tinha ouvido falar em camisinha. Nascido e criado no interior do Estado do Pará, o aposentado Carlos Alberto Lima (nome fictício) conhece bem as necessidades de se utilizar o método de prevenção que continua sendo o mais eficaz.
O esclarecimento, difundido hoje com habilidade, foi conquistado apenas após ele vivenciar as consequências de uma relação sexual desprevenida. Há 15 anos, descobriu que era uma pessoa vivendo com HIV. Na época, a informação sobre o vírus que atinge as células do sistema imunológico era limitada. Por acreditar que o vírus só existia em outros países, ele não se preocupava com a prevenção. “Eu deitei e rolei acreditando que não tinha isso aqui no Brasil. Eu só ouvia falar que tinha na África”.
Desde a descoberta e o esclarecimento sobre o desenvolvimento do vírus no mundo, a camisinha passou a fazer parte de sua vida. “Desde que eu descobri que tinha esse vírus, a minha vida não mudou nada. Continuo fazendo as mesmas coisas. Mas eu sei muito bem o que fazer pra não acontecer com os outros, o que aconteceu comigo”, garante. “Eu tenho HIV, mas a minha mulher não é portadora”.
O método, que se tornou, ao longo dos anos, o protagonista das campanhas de prevenção ao HIV, não passa de uma capa de borracha, mas é o responsável por diminuir para apenas 5% os riscos de transmissão de doenças sexualmente transmissíveis. No Brasil, são distribuídos, em média, 500 bilhões de preservativos por ano, segundo dados do Ministério da Saúde (MS). De qualquer modo, segundo o diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, o médico infectologista Dirceu Greco, a principal dificuldade encontrada ao se falar de prevenção ao HIV não está na disponibilidade dos preservativos e, sim, na conscientização da população. “A realidade da Região Norte, assim como na maioria do Brasil, aponta que o sexo é cada vez mais precoce e mais facilitado, então, é preciso observar como as pessoas estão lidando com a vida. As pessoas acham que não têm risco, mas, se tem vida sexual ativa, tem risco”.
Segundo ele, estima-se que de 600 mil pessoas que têm HIV, hoje, no Brasil, 200 mil não saibam. Em decorrência disso, para ele, o uso do preservativo se torna indispensável em qualquer relação, seja ela estável ou não. “No Brasil, culturalmente, quem decide o preservativo é o homem e esse é um problema que temos que superar”.
De encontro à ideia que, ainda hoje, persiste na maioria das relações íntimas entre casais, a empregada doméstica, Maria Souza, acredita que cabe à mulher priorizar a prevenção. Ela, que já foi casada e atualmente está em um relacionamento estável, não vê nenhum problema em informar que costuma carregar um preservativo na bolsa. “Quando o homem não tem, a mulher tem que ter. A mulher tem que depender apenas dela para se prevenir”, afirma, ao concordar que, ainda hoje, algumas mulheres sentem vergonha de comprar ou adquirir preservativos na rede pública de saúde. “Eu sempre tenho camisinha na bolsa e, às vezes, quando as minhas amigas precisam, eu dou para elas também”.
Apesar de ter vivido a adolescência em uma época em que não se discutia muito o assunto, ela não consegue imaginar a sociedade sem a existência dessa forma de proteção à saúde. Para ela, independente da idade, as pessoas não podem ignorar a importância da camisinha. “As doenças vão evoluindo cada vez mais, não é só a Aids. Quando eu tinha 20 anos, eu não tinha essa liberdade de ter preservativo. Hoje, os jovens têm mais é que andar com camisinha, e tem que ser os dois”.
DISTRIBUIÇÃO
Como parte integrante dos programas de prevenção ao HIV por parte do governo federal, o preservativo começou a ser distribuído gratuitamente pelo Ministério da Saúde em 1994 e, atualmente, está disponível na maioria das unidades básicas de saúde e Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA). Segundo a coordenadora estadual de DST/Aids da Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa), Débora Crespo, o Estado do Pará distribui uma cota mensal média que varia de 2 mil a 25 mil preservativos por município, dependendo da quantidade de sua população.
Segundo ela, as regras de distribuição por município seguem padrões estabelecidos pelo MS. Por isso, nem todos os municípios paraenses recebem as camisinhas distribuídas gratuitamente. “Pelo corte do MS, a distribuição de preservativo deveria ser feita para municípios com no mínimo 50 mil habitantes, mas nós, do governo do Estado, tivemos a iniciativa de ampliar isso e também distribuir para os municípios que têm a partir de 30 mil habitantes”, explica. “Antes nós atendíamos a 31 municípios e, com essa iniciativa, passamos a distribuir para 51”.
Apesar da compra da maior parte dos preservativos ser de responsabilidade do MS, os governos estaduais e municipais têm a obrigação de comprar e distribuir, no mínimo, 10% do total, segundo o próprio governo federal. De acordo com a coordenadora do Centro de Testagem e Aconselhamento da Secretaria Municipal de Saúde (CTA-Sesma), Mara Rocha, somente no centro que atende Belém, são distribuídos 28 mil preservativos por mês. “O desafio ainda é fazer com que a população use o preservativo. Apesar do trabalho realizado, nós só conseguimos atingir 70% da demanda em Belém”.
Para que as ações tenham mais eficácia, ela afirma que o governo vê a sociedade civil organizada como uma grande aliada. “Nós trabalhamos a prevenção de maneira ampla, onde buscamos parcerias para que possamos chegar até essas pessoas”, afirma. “Hoje, o preservativo é o único meio de prevenção à Aids, não tem outro. Então, temos que incentivar o uso, principalmente entre os homens, que ainda têm muito preconceito contra o preservativo”. Esse não é o caso do agente de navegação Raimundo Nunes. Casado e pai de uma filha, ele defende o uso da camisinha como uma forma de se preservar a própria vida. “Somos todos seres humanos. Hoje não tem como se viver sem camisinha. Vivemos em uma sociedade em que nunca se sabe o que vai acontecer, então, as pessoas têm que estar o tempo todo prevenidas”.
Apesar de identificar que algumas pessoas ainda têm preconceito com o uso do preservativo, ele acredita que a difusão de sua importância está fazendo com que haja uma adesão maior ao meio. “Há tanto tempo as pessoas sabem que existe a Aids e só agora, com essas campanhas, estão tomando consciência da importância do preservativo. Antes as pessoas achavam que não teriam prazer com a camisinha, mas isso hoje já está mudando”, acredita. “Agora todo mundo está querendo usar porque a Aids está em qualquer lugar, até no seio familiar”.
ESTRATÉGIAS
Apesar de ser cada vez mais difundido, o uso da camisinha ainda é assunto delicado quando envolve questões religiosas e jovens adolescentes. Ligada à Igreja Católica, a Pastoral da Aids é uma das entidades da sociedade civil que se mantém focadas no combate ao vírus. Em suas ações, a estratégia inicial de conscientização passa pelos ensinamentos religiosos. Ainda assim, a informação acerca do principal meio de prevenção não é negada. “Nas nossas capacitações, já surgem naturalmente questões como fidelidade, castidade e abstinência, que é o que a Bíblia prega. De qualquer modo, nós sempre informamos que o MS disponibiliza o uso do preservativo”, afirma o coordenador regional da pastoral, Roberto Reis.
Segundo ele, a pastoral costuma trabalhar com três enfoques que buscam a diminuição da epidemia do HIV: a questão mística e espiritual, a prevenção e a questão política que está inserida nesse contexto. De qualquer modo, segundo ele, as formas encontradas para se falar sobre prevenção são diversas. “Dentro desse aspecto da prevenção se abre um leque de opções. A informação é o melhor caminho. Nós costumamos focar as ações na explicação de como se pode contrair o HIV”, explica. “A Igreja Católica se mantém contra o preservativo e isso sempre foi o nosso embate, mas não deixamos de informar que o MS os distribuem”.
Já nas escolas de ensino médio, o principal embate está no fato de que, para se falar em prevenção, é preciso conversar também sobre sexo com adolescentes que ainda estão em formação. Muitas vezes, o incentivo ao cuidado com a própria saúde é confundido com uma ação de incentivo à prática sexual precoce. De acordo com a professora Natalene Teixeira, que faz parte da coordenação de ações complementares da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), para ultrapassar essa barreira, os programas de prevenção nas escolas são destinados, primeiramente, aos pais.
Por meio de uma conversa que busca esclarecer a importância de se tratar o assunto entre os jovens, professores, diretores e profissionais da saúde buscam atingir também os responsáveis pelos adolescentes. “Nossa estratégia é a de reunir primeiro com a comunidade e conversar com os pais. Depois que explicamos o que se pretende conversar com os filhos deles, eles acabam autorizando a implantação do projeto”, explica.
Atualmente, na Região Metropolitana de Belém (RMB), 18 escolas fazem parte do projeto do governo federal “Saúde e Prevenção nas Escolas”. Atendendo aos critérios estabelecidos pelo MS, de acordo com o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), algumas escolas são cadastradas e passam a fazer parte do programa que, dentre outros assuntos, trata da prevenção ao HIV. “O programa tem o objetivo de promover o direito sexual do adolescente visando a diminuição da transmissão da epidemia do HIV, mas nem todas as escolas podem participar”.
Para preencher esse espaço nas escolas que não podem ser incluídas no projeto, o governo do Estado implantou o projeto piloto “Cantinho da prevenção”, que, até o momento, ainda é desenvolvido com cuidado. “Temos uma escola onde se tem preservativo e todo material informativo o ano inteiro. Porém, ainda estamos avaliando como o projeto está sendo aceito”, afirma. (Diário do Pará)
- Não utilize preservativos que estão guardados há muito tempo em locais abafados, como bolsos de calça, carteiras ou porta-luvas de carro, pois ficam mais sujeitos ao rompimento;
- Observe as informações sobre o número do lote e a data de validade e verifique se a embalagem do preservativo traz o símbolo de certificação do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia), que atesta a qualidade do produto;
- Se for preciso usar lubrificantes, usar somente aqueles à base de água, evitando vaselina e outros lubrificantes à base de óleo, que podem romper o látex.
- Utilizar somente um preservativo por vez, já que preservativos sobrepostos podem se romper com o atrito.
- Se a camisinha se rompe durante o ato sexual e há alguma possibilidade de infecção, ainda que pequena (como, por exemplo, parceiro de sorologia desconhecida), deve-se fazer o teste após 30 dias para que a dúvida seja esclarecida. (Ministério da Saúde)
O esclarecimento, difundido hoje com habilidade, foi conquistado apenas após ele vivenciar as consequências de uma relação sexual desprevenida. Há 15 anos, descobriu que era uma pessoa vivendo com HIV. Na época, a informação sobre o vírus que atinge as células do sistema imunológico era limitada. Por acreditar que o vírus só existia em outros países, ele não se preocupava com a prevenção. “Eu deitei e rolei acreditando que não tinha isso aqui no Brasil. Eu só ouvia falar que tinha na África”.
Desde a descoberta e o esclarecimento sobre o desenvolvimento do vírus no mundo, a camisinha passou a fazer parte de sua vida. “Desde que eu descobri que tinha esse vírus, a minha vida não mudou nada. Continuo fazendo as mesmas coisas. Mas eu sei muito bem o que fazer pra não acontecer com os outros, o que aconteceu comigo”, garante. “Eu tenho HIV, mas a minha mulher não é portadora”.
O método, que se tornou, ao longo dos anos, o protagonista das campanhas de prevenção ao HIV, não passa de uma capa de borracha, mas é o responsável por diminuir para apenas 5% os riscos de transmissão de doenças sexualmente transmissíveis. No Brasil, são distribuídos, em média, 500 bilhões de preservativos por ano, segundo dados do Ministério da Saúde (MS). De qualquer modo, segundo o diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, o médico infectologista Dirceu Greco, a principal dificuldade encontrada ao se falar de prevenção ao HIV não está na disponibilidade dos preservativos e, sim, na conscientização da população. “A realidade da Região Norte, assim como na maioria do Brasil, aponta que o sexo é cada vez mais precoce e mais facilitado, então, é preciso observar como as pessoas estão lidando com a vida. As pessoas acham que não têm risco, mas, se tem vida sexual ativa, tem risco”.
Segundo ele, estima-se que de 600 mil pessoas que têm HIV, hoje, no Brasil, 200 mil não saibam. Em decorrência disso, para ele, o uso do preservativo se torna indispensável em qualquer relação, seja ela estável ou não. “No Brasil, culturalmente, quem decide o preservativo é o homem e esse é um problema que temos que superar”.
De encontro à ideia que, ainda hoje, persiste na maioria das relações íntimas entre casais, a empregada doméstica, Maria Souza, acredita que cabe à mulher priorizar a prevenção. Ela, que já foi casada e atualmente está em um relacionamento estável, não vê nenhum problema em informar que costuma carregar um preservativo na bolsa. “Quando o homem não tem, a mulher tem que ter. A mulher tem que depender apenas dela para se prevenir”, afirma, ao concordar que, ainda hoje, algumas mulheres sentem vergonha de comprar ou adquirir preservativos na rede pública de saúde. “Eu sempre tenho camisinha na bolsa e, às vezes, quando as minhas amigas precisam, eu dou para elas também”.
Apesar de ter vivido a adolescência em uma época em que não se discutia muito o assunto, ela não consegue imaginar a sociedade sem a existência dessa forma de proteção à saúde. Para ela, independente da idade, as pessoas não podem ignorar a importância da camisinha. “As doenças vão evoluindo cada vez mais, não é só a Aids. Quando eu tinha 20 anos, eu não tinha essa liberdade de ter preservativo. Hoje, os jovens têm mais é que andar com camisinha, e tem que ser os dois”.
DISTRIBUIÇÃO
Como parte integrante dos programas de prevenção ao HIV por parte do governo federal, o preservativo começou a ser distribuído gratuitamente pelo Ministério da Saúde em 1994 e, atualmente, está disponível na maioria das unidades básicas de saúde e Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA). Segundo a coordenadora estadual de DST/Aids da Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa), Débora Crespo, o Estado do Pará distribui uma cota mensal média que varia de 2 mil a 25 mil preservativos por município, dependendo da quantidade de sua população.
Segundo ela, as regras de distribuição por município seguem padrões estabelecidos pelo MS. Por isso, nem todos os municípios paraenses recebem as camisinhas distribuídas gratuitamente. “Pelo corte do MS, a distribuição de preservativo deveria ser feita para municípios com no mínimo 50 mil habitantes, mas nós, do governo do Estado, tivemos a iniciativa de ampliar isso e também distribuir para os municípios que têm a partir de 30 mil habitantes”, explica. “Antes nós atendíamos a 31 municípios e, com essa iniciativa, passamos a distribuir para 51”.
Apesar da compra da maior parte dos preservativos ser de responsabilidade do MS, os governos estaduais e municipais têm a obrigação de comprar e distribuir, no mínimo, 10% do total, segundo o próprio governo federal. De acordo com a coordenadora do Centro de Testagem e Aconselhamento da Secretaria Municipal de Saúde (CTA-Sesma), Mara Rocha, somente no centro que atende Belém, são distribuídos 28 mil preservativos por mês. “O desafio ainda é fazer com que a população use o preservativo. Apesar do trabalho realizado, nós só conseguimos atingir 70% da demanda em Belém”.
Para que as ações tenham mais eficácia, ela afirma que o governo vê a sociedade civil organizada como uma grande aliada. “Nós trabalhamos a prevenção de maneira ampla, onde buscamos parcerias para que possamos chegar até essas pessoas”, afirma. “Hoje, o preservativo é o único meio de prevenção à Aids, não tem outro. Então, temos que incentivar o uso, principalmente entre os homens, que ainda têm muito preconceito contra o preservativo”. Esse não é o caso do agente de navegação Raimundo Nunes. Casado e pai de uma filha, ele defende o uso da camisinha como uma forma de se preservar a própria vida. “Somos todos seres humanos. Hoje não tem como se viver sem camisinha. Vivemos em uma sociedade em que nunca se sabe o que vai acontecer, então, as pessoas têm que estar o tempo todo prevenidas”.
Apesar de identificar que algumas pessoas ainda têm preconceito com o uso do preservativo, ele acredita que a difusão de sua importância está fazendo com que haja uma adesão maior ao meio. “Há tanto tempo as pessoas sabem que existe a Aids e só agora, com essas campanhas, estão tomando consciência da importância do preservativo. Antes as pessoas achavam que não teriam prazer com a camisinha, mas isso hoje já está mudando”, acredita. “Agora todo mundo está querendo usar porque a Aids está em qualquer lugar, até no seio familiar”.
ESTRATÉGIAS
Apesar de ser cada vez mais difundido, o uso da camisinha ainda é assunto delicado quando envolve questões religiosas e jovens adolescentes. Ligada à Igreja Católica, a Pastoral da Aids é uma das entidades da sociedade civil que se mantém focadas no combate ao vírus. Em suas ações, a estratégia inicial de conscientização passa pelos ensinamentos religiosos. Ainda assim, a informação acerca do principal meio de prevenção não é negada. “Nas nossas capacitações, já surgem naturalmente questões como fidelidade, castidade e abstinência, que é o que a Bíblia prega. De qualquer modo, nós sempre informamos que o MS disponibiliza o uso do preservativo”, afirma o coordenador regional da pastoral, Roberto Reis.
Segundo ele, a pastoral costuma trabalhar com três enfoques que buscam a diminuição da epidemia do HIV: a questão mística e espiritual, a prevenção e a questão política que está inserida nesse contexto. De qualquer modo, segundo ele, as formas encontradas para se falar sobre prevenção são diversas. “Dentro desse aspecto da prevenção se abre um leque de opções. A informação é o melhor caminho. Nós costumamos focar as ações na explicação de como se pode contrair o HIV”, explica. “A Igreja Católica se mantém contra o preservativo e isso sempre foi o nosso embate, mas não deixamos de informar que o MS os distribuem”.
Já nas escolas de ensino médio, o principal embate está no fato de que, para se falar em prevenção, é preciso conversar também sobre sexo com adolescentes que ainda estão em formação. Muitas vezes, o incentivo ao cuidado com a própria saúde é confundido com uma ação de incentivo à prática sexual precoce. De acordo com a professora Natalene Teixeira, que faz parte da coordenação de ações complementares da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), para ultrapassar essa barreira, os programas de prevenção nas escolas são destinados, primeiramente, aos pais.
Por meio de uma conversa que busca esclarecer a importância de se tratar o assunto entre os jovens, professores, diretores e profissionais da saúde buscam atingir também os responsáveis pelos adolescentes. “Nossa estratégia é a de reunir primeiro com a comunidade e conversar com os pais. Depois que explicamos o que se pretende conversar com os filhos deles, eles acabam autorizando a implantação do projeto”, explica.
Atualmente, na Região Metropolitana de Belém (RMB), 18 escolas fazem parte do projeto do governo federal “Saúde e Prevenção nas Escolas”. Atendendo aos critérios estabelecidos pelo MS, de acordo com o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), algumas escolas são cadastradas e passam a fazer parte do programa que, dentre outros assuntos, trata da prevenção ao HIV. “O programa tem o objetivo de promover o direito sexual do adolescente visando a diminuição da transmissão da epidemia do HIV, mas nem todas as escolas podem participar”.
Para preencher esse espaço nas escolas que não podem ser incluídas no projeto, o governo do Estado implantou o projeto piloto “Cantinho da prevenção”, que, até o momento, ainda é desenvolvido com cuidado. “Temos uma escola onde se tem preservativo e todo material informativo o ano inteiro. Porém, ainda estamos avaliando como o projeto está sendo aceito”, afirma. (Diário do Pará)
- Não utilize preservativos que estão guardados há muito tempo em locais abafados, como bolsos de calça, carteiras ou porta-luvas de carro, pois ficam mais sujeitos ao rompimento;
- Observe as informações sobre o número do lote e a data de validade e verifique se a embalagem do preservativo traz o símbolo de certificação do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia), que atesta a qualidade do produto;
- Se for preciso usar lubrificantes, usar somente aqueles à base de água, evitando vaselina e outros lubrificantes à base de óleo, que podem romper o látex.
- Utilizar somente um preservativo por vez, já que preservativos sobrepostos podem se romper com o atrito.
- Se a camisinha se rompe durante o ato sexual e há alguma possibilidade de infecção, ainda que pequena (como, por exemplo, parceiro de sorologia desconhecida), deve-se fazer o teste após 30 dias para que a dúvida seja esclarecida. (Ministério da Saúde)
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