MP pede o afastamento de Neone, prefeita
MP pede o afastamento de Neone, prefeita
de Jussari por improbidade administrativa e para garantir a integridade
de documentos oficiais. O promotor Inocêncio de Carvalho deu entrada na
Ação Civil Pública 0000863-22.2012.805.0033.
A Câmara pediu à prefeita Neone Cordeiro que enviasse a relação dos
funcionários contratados, com o setor de trabalho e o salário de cada
um, mas não obteve resposta. O Ministério Público então enviou oficiou
igual, acrescentando a folha do pessoal concursado e contratado dos
últimos 6 meses.
O MP também foi ignorado pela prefeita e o caso ficou pior quando o
vereador Gilvan Fernandes Ferreira enviou ofício questionando a vinda de
pessoas de outros municípios e até estados, para ser empossados em
Jussari, ultrapassando, segundo o vereador, mais de 200.
No dia 23 de agosto o promotor ouviu os vereadores Erisvaldo Oliveira
Moraes, Antônio Bastos Muniz, Gilvan Fernandes Ferreira, Jessé Bispo de
Sousa e Gideon Oliveira de Carvalho, que deram indícios de que
licitações estavam sendo feitas para beneficiar determinada empresa.
As vencedoras, segundo os edis, receberam os convites em suas próprias
sedes, em Eunápolis, enquanto as outras, que tentaram obter as cartas
convites na Prefeitura Municipal, não foram atendidas. Além disso, as
sessões para escolha dos vencedores não foram públicas.
Outra irregularidade grave é que Neone Cordeiro não envia as
informações obrigatórias, mês a mês, para o Tribunal de Contas dos
Municípios. Por tudo isso o Ministério Público pediu à Justiça ordem
para busca e apreensão das contas relacionadas aos meses já vencidos de
2012.
Mais o afastamento imediato da prefeita pelo risco de que ela use sua
autoridade para impedir a obtenção de provas ou faça aliciamento de
testemunhas. É a segunda vez que Inocêncio de Carvalho pede o
afastamento de Neone.
Apreensão
Na anterior, a Justiça entendeu que isso não era necessário. Mas
deferiu o pedido feito pelo MP, de busca e apreensão, por reconhecer que
as irregularidades são de extrema gravidade e existem indícios de sobra
apontados pelo Ministério Público.
A ordem judicial incluiu as folhas de pagamentos do pessoal concursado e
dos contratados, de 2011 a agosto de 2012, dos livros e decretos de
janeiro a agosto deste ano. Se não forem localizados na prefeitura,
Neone fica intimada a entregá-los em 48 horas, sob pena de multa diária
de R$ 1 mil.
No dia 26 de setembro, na tentativa de cumprir o mandado de busca e
apreensão, o oficial de justiça Marcelo Ladeia De Almeida e o promotor
Inocêncio de Carvalho foram à prefeitura e apreenderam computadores,
cadastro das contas bancárias, senhas de acesso aos PCs e decretos.
Porém, não foram encontrados os decretos de números 1982, 1983, 1984,
1991, 2001, 2003, 2004, 2007, 2008, 2009 e 2013. Os computadores foram
devolvidos no dia seguinte, depois que o MP fez uma cópia dos HDs, mas
os dados só podem ser acessados pelo programa da contabilidade.
Na prefeitura, ninguém soube explicar porque não os dados não são
enviados ao sistema SIGA desde dezembro de 2011, outra irregularidade
grave, assim como o atraso constante no pagamento dos salários. Os
vereadores ainda acusam a prefeita de usar indevidamente os recursos da
Saúde.
Eles dizem que a verba da Fundação Nacional de Saúde, de R$
2.045.846,67, destinada à melhoria e ampliação do sistema de
abastecimento de água, vem sendo usada sem autorização legislativa, com
várias contratações irregulares já feitas.
Para Inocêncio, o afastamento “é medida salutar afim de que o agente
público não venha a influir na apuração da irregularidade, mesmo porque
tal afastamento não irá acarretar a suspensão dos vencimentos
do prefeito, mas tão somente, tirá-lo do contato com as provas”.
FONTE: JORNAL A REGIÃO
FONTE: JORNAL A REGIÃO
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