Alimentos probiótico podem proteger bebês contra problemas gastrointestinais

Os probióticos,
isto é, bactérias vivas consumidas na forma de iogurte, leite
fermentado e cápsulas, são conhecidos como microrganismos "do bem", por
serem pouco agressivos e benéficos à saúde de adultos. Agora,
pesquisadores italianos concluíram que eles reduzem o risco de
distúrbios gastrointestinais como cólica, refluxo e constipação em bebês
com até três meses de vida.
A pesquisa,
feita na Universidade Aldo Moro, e publicada nesta segunda-feira na
revista JAMA Pediatrics, foi realizada com 554 recém-nascidos. Parte
deles recebeu, durante três meses, o probiótico Lactobacillus reuteri, e
o restante, doses de placebo. Os pais das crianças foram orientados a
registrar em um diário os episódios de vômito, evacuações e choros
inconsoláveis dos filhos (que podem indicar cólicas) ao longo desse
período. No término do experimento, os autores concluíram que o uso de
probióticos reduziu as cólicas e a regurgitação (quando o bebê devolve,
sem esforço, o alimento que acabou de ingerir) e melhorou quadros de
constipação.
Os bebês que
tomaram probióticos apresentaram um tempo menor de choro inconsolável do
que as crianças que receberam placebo (38 minutos por dia, ante 71
minutos). Eles também tiveram menos episódios de regurgitação (2,9 vezes
por dia, ante 4,6 vezes) e evacuaram mais (4,2 vezes por dia, ante 3,6
vezes). Em um artigo publicado junto com a pesquisa, Bruno Chumpitazi,
médico do Hospital Infantil do Texas, nos Estados Unidos, disse que,
apesar dos resultados positivos da pesquisa, ainda é preciso saber quais
são os efeitos dos probióticos a longo prazo e os mecanismos envolvidos
nos benefícios proporcionados por essas bactérias. "Talvez chegue um
tempo em que médicos vão recomendar probióticos para afastar a cólica
infantil", escreveu.
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