Dia 14 de novembro é o Dia Mundial do Diabetes
Dia 14 de novembro é o Dia Mundial do Diabetes. Segundo dados da International Diabetes Federation (IDF), em todo mundo, pelo menos 245 milhões de pessoas têm diabetes e um alto percentual vive em países em desenvolvimento.Em 30 anos, este número deve chegar a 380 milhões no mundo. No Brasil, cerca de 10 milhões de pessoas são portadoras da doença e aparecem 500 novos casos por dia.
O tema escolhido para a Campanha Mundial de 2010 é “Diabetes: Educar para Prevenir”. O objetivo é chamar a atenção de quem está envolvido direta ou indiretamente nos cuidados com o diabetes.
Para que a prevenção, a educação e o tratamento sejam eficientes, além do comprometimento do paciente, é necessário que a família, a comunidade e os profissionais de saúde se envolvam na causa.
A SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes) vem atuando, como já faz há cinco anos, estimulando seus associados e parceiros a chamar a atenção para o grave problema de saúde que é o diabetes, seus números alarmantes de crescimento de prevalência no Brasil e no mundo e do esforço para combatê-lo, usando o conhecimento sobre a doença e o combate à obesidade, um dos principais fatores para o aumento da frequência do diabetes.
Anualmente são produzidos textos de esclarecimentos, folhetos e cartazes, para divulgar a data e dar dicas sobre prevenção, tratamento, sinais e sintomas.
Este ano, serão realizadas atividades durante uma semana - de 7 a 14 de novembro. No dia 14 de novembro, grandes monumentos, hospitais e clinicas de várias cidades do Brasil e do mundo, serão iluminados de azul, como forma de divulgar à data, entre eles, o Cristo Redentor, como apoio da Cúria Metropolitana do Rio de Janeiro; os bondinhos do Pão de Açúcar, também no Rio; o prédio da Sidney Opera House, na Austrália; o Teatro Municipal de Lisboa; a Kuwait Towers; e o Castelo Gifu, no Japão.
Diabetes
Diabetes
O diabetes se divide em dois principais tipos: Tipo 1 (DM1) é uma doença auto-imune caracterizada pela destruição das células beta produtoras de insulina. Isso acontece por engano porque o organismo as identifica como corpos estranhos. A sua ação é uma resposta auto-imune. A DM1 surge quando o organismo deixa de produzir insulina (ou produz apenas uma quantidade muito pequena).
O diabetes tipo 2 possui um fator hereditário maior do que no tipo 1. Além disso, há uma grande relação com a obesidade e o sedentarismo. Estima-se que 60% a 90% dos portadores da doença sejam obesos. A incidência é maior após os 40 anos.
Uma de suas peculiaridades é a contínua produção de insulina pelo pâncreas. O problema está na incapacidade de absorção das células musculares e adiposas. Por muitas razões, suas células não conseguem metabolizar a glicose suficiente da corrente sangüínea. Esta é a chamada "resistência Insulínica". O diabetes tipo 2 é cerca de 8 a 10 vezes mais comum que o tipo 1 e pode responder bem ao tratamento com dieta e exercício físico. Outras vezes vai necessitar de medicamentos orais e, por fim, a combinação destes com a insulina.
Os principais sintomas deste tipo da doença são infecções frequentes, alteração visual (visão embaçada), dificuldade na cicatrização de feridas, formigamento nos pés e furunculose.
A prevenção e tratamento do diabetes, baseia-se principalmente no exercício físico e na boa alimentação, que consiste em adequar as preferências individuais com a quantidade e qualidade dos alimentos que farão parte da nossa dieta habitual. Existem algumas recomendações que podem ajudar a tornar sua alimentação mais saudável:
- Procure incorporar na sua dieta habitual a maior quantidade possível de alimentos ricos em fibras, tais como frutas e verduras. Por exemplo, evitar “descascar” algumas frutas, como figo, pêssego e maçã pode aumentar bastante o conteúdo de fibras, que terão um papel fundamental na saúde do seu sistema digestivo.
- Procure diminuir a quantidade de gorduras (óleo, manteiga, creme etc) e de carboidratos (massa e doces), dando preferência a alimentos grelhados e cozidos. Infelizmente a dieta habitual da nossa população é sempre mais rica em gorduras e carboidratos e pobre em proteínas do que o desejado. Evite comer “fast food”, dê preferência aos alimentos de preparação mais “caseira”.
Para maiores informações sobre o Dia Mundial do Diabetes e o que será feito pelas diversas cidades, veja o material produzido pela SBD e disponível para download, aqui, no hotsite do Dia Mundial do Diabetes da SBD.
O Dia Mundial do Diabetes conta com o apoio da ONU (Organização das Nações Unidas) que reconheceu o diabetes como uma doença crônica, debilitante, de alto custo e complicações severas, que precisa ser contida rapidamente.
O Diabetes
Houve um grande crescimento no número de casos de diabetes tipo 2 em todo o mundo. Em 1985, era estimado haver 30 milhões de pessoas com diabetes. Em 1995, esse número já ultrapassava os 150 milhões. De acordo com as estatísticas da IDF (International Diabetes Federation), atualmente o número já supera os 250 milhões. Se nenhuma atitude eficiente de prevenção for feita, a IDF estima que o número total de pessoas com diabetes em 2025 alcançará os 380 milhões. Já o diabetes tipo 1 não pode ser prevenido. Mesmo assim, a cada ano aumentam os casos registrados.
Veja dados estatísticos da IDF:
- Estima-se que metade das pessoas com diabetes desconheça a própria condição. Em países em desenvolvimento, essa estimativa chega a 80%;
- Estudos mostram que exercícios físicos e dieta equilibrada previnem 80% dos casos de diabetes tipo 2;
- Pessoas com diabetes tipo 2 têm o dobro de chances de sofrer um ataque cardíaco;
- Até 2025, o maior aumento na incidência do diabetes está previsto para os países em desenvolvimento;
- Em 2007, os cinco países com os maiores números de pessoas com diabetes eram: Índia (40,9 milhões), China (39,8 milhões), Estados Unidos (19,2 milhões), Rússia (9,6 milhões) e Alemanha (7,4 milhões);
- Em 2007, os cinco países com a maiores prevalência de diabetes na população adulta eram Nauru (30,7%), Emirados Árabes Unidos (19,5%), Arábia Saudita (16,7%), Bahrein (15,2%) e Kuwait (14,4%);
- A cada ano 7 milhões de pessoas desenvolvem diabetes;
- A cada ano 3,8 milhões de mortes são atribuídas ao diabetes. Um número maior de mortes provenientes de doenças cardiovasculares pioradas por desordens lipídicas relacionadas ao diabetes e por hipertensão;
- A cada 10 segundos uma pessoa morre de causas relacionadas ao diabetes;
- A cada 10 segundos duas pessoas desenvolvem diabetes;
- O diabetes é a quarta maior causa mundial de morte por doença;
- O diabetes é a maior causa de falência renal em países desenvolvidos e é a maior responsável por grandes custos de diálise;
- O diabetes tipo 2 se tornou a causa mais freqüente de falência renal nos países ocidentais. As incidências registradas variam entre 30% e 40%em países como Alemanha e EUA;
- 10 a 20% das pessoas com diabetes morrem de falência renal;
- É estimado que mais de 2,5 milhões de pessoas no mundo estão afetadas pela retinopatia diabética;
- A retinopatia diabética é a maior causa de perda de visão de adultos em idade laboral (20 a 60 anos) em países com indústrias;
- Em média, pessoas com diabetes tipo 2 têm sua expectativa diminuída em 5 a 10 anos em relação a pessoas sem diabetes, principalmente por causa de doenças cardiovasculares;
- As doenças cardiovasculares são a maior causa de morte no diabetes, respondendo por 50% das fatalidades e por muitas inaptidões;
- Pessoas com diabetes tipo 2 estão cerca de duas vezes mais suscetíveis a um ataque cardíaco ou derrame do que as que não tem diabetes. Na verdade, pessoas com diabetes tipo 2 são tão suscetíveis a um ataque cardíaco quanto pessoas sem diabetes que já tiveram um ataque.
Sinais e Sintomas
O desencadeamento de diabetes tipo 1 é geralmente repentino e dramático e pode incluir sintomas como:
- Sede excessiva
- Rápida perda de peso
- Fome exagerada
- Cansaço inexplicável
- Muita vontade de urinar
- Má cicatrização
- Visão embaçada
- Falta de interesse e de concentração
- Vômitos e dores estomacais, frequentemente diagnosticados como gripe.
Os mesmos sintomas acima podem também ocorrer em pessoas com diabetes tipo 2, mas geralmente são menos evidentes. Em crianças com diabetes tipo 2, estes sintomas podem ser moderados ou até mesmo ausentes.
No caso do diabetes tipo 1, estes sintomas surgem de forma abrupta e às vezes podem demorar a ser identificados. Já no diabetes tipo 2, esses sintomas podem ser mais moderados ou até mesmo inexistentes.
Não se sabe ao certo por que as pessoas desenvolvem o diabetes tipo 1. Sabe-se que há casos em que algumas pessoas nascem com genes que as predispõem à doença, mas outras têm os mesmos genes e não têm diabetes. Outro dado é que, no geral, o diabetes tipo 1 é mais freqüente em pessoas com menos de 35 anos, mas vale lembrar que ela pode surgir em qualquer idade.
Educação e Prevenção
O diabetes exige alguns cuidados que são para o resto da vida, tanto para o paciente, quanto para a família. Ambos precisam tomar uma série de decisões relacionadas ao tratamento do diabetes: medir a glicemia, tomar medicamentos, exercitar-se regularmente e ajustar os hábitos alimentares. Além disso, pode ser necessário apoio psicológico. Como as consequências do tratamento são baseadas nas decisões tomadas, é de extrema importância que as pessoas com diabetes recebam educação de qualidade, ajustada às necessidades e fornecidas por profissionais de saúde qualificados.
Sem a educação em diabetes, os pacientes estão menos preparados para tomar decisões baseadas em informação, fazer mudanças de comportamento, lidar com os aspectos psicossociais e, por fim, não estar equipado o suficiente para fazer um bom tratamento. O mau controle resulta em prejuízo para a saúde e em uma grande probabilidade de desenvolver complicações.
O papel dos educadores em diabetes é essencial, juntamente com a equipe multidisciplinar. O educador faz com que a pessoa com diabetes monitore sua saúde com escolhas e ações baseadas em julgamento vindo da informação.
A maioria dos pacientes não tem acesso à educação em diabetes, devido a fatores como custo, distância e falta de serviços apropriados. Algumas nem sabem dos serviços existentes ou não estão convencidas dos benefícios que a educação em diabetes pode trazer. Esses pacientes podem achar, por exemplo, que a interação com o médico fornece toda a educação de que precisam. A campanha do Dia Mundial do Diabetes vai promover a importância dos programas estruturados de educação em diabetes como a chave para a prevenção e o controle, além de defender mais oportunidades para inserir educação em diabetes junto aos sistemas de cuidados em saúde e às comunidades.
Está faltando educação em diabetes especialmente nos países em desenvolvimento. Mesmo nos países desenvolvidos, muitas pessoas não conseguem ter acesso a ela porque não há educadores e centros em número suficiente para atender o número crescente de novos casos.
Sobre a SBD
A Sociedade Brasileira de Diabetes é uma sociedade médica, sem fins lucrativos, com sede em São Paulo.
- Presidente: Dr. Saulo Cavalcanti da Silva
- Vice-Presidentes: Dr. Balduíno Tschiedel, Dr. Ivan dos Santos Ferraz, Dr. Nelson Rassi, Dr. Ruy Lyra da Silva Filho, Dr. Walter José Minicucci
- Secretário Geral: Dr. Domingos Augusto Malerbi
- Segunda Secretária: Dra. Reine Marie Chaves Fonseca
- Tesoureiro: Dr. Antônio Carlos Lerário
- Segundo Tesoureiro: Dr. João Modesto Filho
- Conselho Fiscal: Dr. Leão Zagury, Dra. Maria Regina Calsolari, Dra. Silmara A. Oliveira Leite
- Suplente: Dr. Perseu Seixas de Carvalho
Comitê Editorial do Site da SBD - Dr. Reginaldo Albuquerque (Coordenador do Site da SBD), Dr. Saulo Cavalcanti (Presidente da SBD), Dr. Marco Antônio Vivolo, Dr. Walter Minicucci, Dr. Rodrigo Lamounier, Dra. Claudia Pieper, Dra. Gisele Goveia, Enf. Paula Pascali.
Departamentos
- Educação - Dra. Cristina Sampaio Façanha
- Epidemiologia - Dr. Laercio Joel Franco
- Nutrição e Metabologia - Dra. Celeste Viggiano
- Diabetes Gestacional - Dr. Carlos Negrato
- Doenças Cardiovasculares - Dr. Domingos Malerbi
- Pé Diabético - Dra. Hermelinda Pedrosa
- Diabetes no Jovem - Dr. Roberto Betti
- Enfermagem - Enfermeira Sônia Grossi
- Complicações Crônicas - Dr. Luís Alberto Turatti
- Transplantes - Dr. João Roberto Sá
- Transtornos Alimentares - Dra. Claudia Mauricio Pieper
- Síndrome Metabólica - Dr. Alfredo Halpern
- Farmacoeconomia - Dra. Luciana Bahia
- Farmácia - Farmacêutico José Vanilton de Almeida
- Psicologia - Dra. Graça Maria de Carvalho Câmara
- Atividade Física - Dra. Helena Schmid
- Diabetes no Idoso - Dr. João Eduardo Nunes Salles
- Ética - Dr. José Egidio Paulo de Oliveira
- Atividade Científica - Dr. Milton Foss
Missão e Visão da Sociedade Brasileira de Diabetes
Missão
Contribuir sempre para a prevenção e tratamento adequado do diabetes, disseminando conhecimento técnico-científico entre médicos e profissionais de saúde, conscientizando a população a respeito da doença, melhorando a qualidade de vida das pessoas com diabetes e colaborando com o Estado na formulação e execução de políticas públicas voltadas para a atenção correta dos pacientes e para a redução significativa do número de indivíduos com diabetes em nosso país.
Visão
Ser reconhecida nacional e internacionalmente como uma instituição-referência e um centro de saber e informação em diabetes, orientada por princípios de ética e transparência e por uma conduta médica e social desvinculada de qualquer interesse pessoal, financeiro ou corporativo.
Ser reconhecida nacional e internacionalmente como uma instituição-referência e um centro de saber e informação em diabetes, orientada por princípios de ética e transparência e por uma conduta médica e social desvinculada de qualquer interesse pessoal, financeiro ou corporativo.
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